“Sinto um peso na região íntima…” Entendendo o prolapso 

Você já sentiu uma sensação de peso na região íntima, como se algo estivesse “descendo”? Ou percebeu desconforto, dificuldade para segurar o xixi, dor nas relações sexuais ou até mesmo alterações intestinais?
Esses podem ser sinais do prolapso de órgãos pélvicos (POP), uma condição mais comum do que se imagina e que afeta milhões de mulheres em todo o mundo.

O prolapso genital, muito conhecido como “bexiga caída” é uma doença em que não só a bexiga, mas todos os órgãos pélvicos (bexiga, útero e reto), podem perder sustentação e “cair”, formando um abaulamento na vagina.

Algumas mulheres relatam sensação de “bola na vagina”, e isso pode repercutir na qualidade de vida e impacto social, levando a mulher ao constrangimento, diminuição de interações sociais, atividades físicas e até mesmo ao isolamento, já que pode ocorrer : dificuldade para urinar ou evacuar, desconforto nas relações sexuais, dor ou pressão pélvica no final do dia, incontinência urinária ou fecal associada.

Isso ocorre quando as estruturas responsáveis por sustentar esses órgãos ficam enfraquecidas, “cedem”, e fazem com que esses órgãos se projetem para a vagina, causando desconforto e alterações funcionais. Entender os diferentes tipos de prolapso ajuda a reconhecer sintomas e a importância de buscar um tratamento precoce, que pode evitar complicações e melhorar muito a qualidade de vida.

Os tipos mais comuns de prolapso são:

·         Cistocele (bexiga caída): Ocorre quando a bexiga desce em direção à parede anterior da vagina, pressionando e causando escapes de urina e sensação de peso.

·         Retocele: ocorre quando o reto se projeta na parede posterior da vagina, o que pode dificultar a evacuação e gerar uma sensação constante de pressão na região pélvica.

·         Prolapso uterino (histerocele): O útero desce parcialmente ou totalmente pelo canal vaginal, podendo causar dor, “peso”, e sensação de “algo saindo”. Em casos mais avançados, pode ser visível externamente via cavidade vaginal.

Causas mais comuns

  • Aumento de pressão intra-abdominal: gestação, obesidade, tosse crônica, constipação crônica com esforço excessivo, exercícios físicos intensos sem orientação adequada, e outros.
  • Trauma: partos,  acidente com lesão de períneo ou até cirurgias prévias como histerectomia.
  • Deficiência de colágeno: genético, tabagismo, alterações hormonais da menopausa, ou no envelhecimento natural

Por que não esperar para tratar?

O prolapso não melhora sozinho, e ignorar os sinais pode fazer o problema evoluir.
Quando tratado precocemente, os resultados são mais rápidos, menos invasivos e muito mais eficazes. Além disso, cuidar do seu assoalho pélvico é cuidar da sua autoestima, da sua sexualidade e da sua liberdade de viver sem desconforto.

O tratamento fisioterapêutico validado por pesquisas científicas, atua de forma eficaz ajudando a recuperar a posição correta desses órgãos, reduzir os sintomas e prevenir a progressão do prolapso. A fisioterapia oferece uma solução natural, segura e comprovada para preservar sua saúde íntima, promover o bem-estar emocional e restaurar sua qualidade de vida.

O tratamento fisioterapêutico inclui:

  • Avaliação individualizada para entender o grau do prolapso e a causa.
  • Exercícios específicos de fortalecimento e coordenação muscular, retirando a pressão exacerbada na região abdominal.
  • Treino respiratório e postural para reduzir a pressão sobre a pelve;
  • Orientações comportamentais, como hábitos intestinais e manejo de esforço físico,
  • Biofeedback e eletroestimulação, quando necessário, para melhorar o controle muscular e a propriocepção.

Resultados que transformam

Com o tratamento fisioterapêutico, é possível:

·         Sentir alívio da sensação de peso e desconforto;

·         Recuperar a segurança e o controle nas atividades diárias;

·         Melhorar a função urinária, intestinal e sexual;

·         Retomar a autoconfiança e o bem-estar corporal.

O mais importante é lembrar: você não está sozinha e o prolapso tem tratamento.
Buscar ajuda é um ato de cuidado e amor com o próprio corpo.

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Fisioterapeuta Pélvica

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