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Foto do escritorSamantha Vieira

A incontinência fecal te preocupa?

Atualizado: 25 de out. de 2022

Sua resposta com certeza é: “Muito!"

Essa é uma condição extremamente constrangedora, e é definida como a incapacidade de controlar a eliminação das fezes. Isso compromete a qualidade de vida, gerando grande constrangimento e incômodo, e muitas pessoas que apresentam essa disfunção, não comentam nem mesmo com um familiar próximo, e outros nem sabem que existe tratamento eficaz. O constrangimento é tanto, que o problema evolui e vai comprometendo cada vez mais a qualidade de vida desses pacientes, que acabam sem coragem de sair de casa, impactando grandemente no convívio social, prática de esportes, e intimidade sexual, pelo medo de sujeira e mau odor. Sem contar as despesas com o uso de fraldas. Essa disfunção tem predominância nas mulheres, principalmente por causa do trabalho de parto, mas acima dos 70 anos ocorre igualmente em ambos os sexos.

Pode ocorrer por causas variadas, como doenças neurológicas: AVC e esclerose múltipla; também doenças endócrinas como diabetes e hipertireoidismo; síndrome do intestino irritável e envelhecimento. Outras causas são problemas na musculatura do períneo (fraqueza dos músculos que contém as fezes), inflamações no reto, prolapso retal (quando a porção final do intestino extravasa pelo ânus), e alterações nos nervos. 

O tratamento é conduzido sempre de acordo com a causa do problema. Por exemplo, se for em decorrência de diabetes, síndrome do intestino irritável e outras doenças de base, tratando a doença, a tendência é a melhora dela diminuindo-se os episódios de incontinência. Mudanças na dieta com acompanhamento de nutricionista é muito importante, e nos casos mais graves, é recomendada a realização de procedimentos cirúrgicos para ajudar a musculatura, ou colocar um esfíncter artificial no ânus.

A fisioterapia é um tratamento eficaz casos específicos de incontinência fecal, possibilitando a ausência da necessidade de cirurgia dependendo do caso, e utilizando exercícios específicos e uso de equipamentos indolores que melhoram essa condição, potencializando o ganho de qualidade de vida.



Alguns parâmetros que confirmam o sucesso no tratamento:

  1. Reduzir ou zerar o volume das perdas fecais

  2. Reduzir ou zerar os episódios de perdas fecais

  3. Trocar protetores maiores para menores

  4. Reduzir ou zerar o número de protetores diários

  5. Se sentir confiante para retornar as atividades físicas, sociais e sexuais, e outras que não conseguia fazer.


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