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Foto do escritorSamantha Vieira

Estou perdendo xixi! E agora?

Atualizado: 25 de out. de 2022


Perder xixi não é normal! A incontinência urinária (IU) é a perda involuntária de urina, podendo acometer homens e mulheres de todas as idades e apresentar variadas causas, influenciando negativamente na qualidade de vida e na autoestima de quem sofre com essa disfunção. Por isso é fundamental avaliar o impacto da incontinência urinária no dia a dia do paciente, pois é bastante comum que a pessoa evite o convívio social, esportes, relação sexual e até mesmo a depressão. Além do grande constrangimento em ter que usar protetores absorventes, gerando uma despesa maior ainda. A IU é duas vezes mais comum entre as mulheres, e cerca de 40% das mulheres com mais de 40 anos apresentam algum grau de IU, uma grande incidência. A idade é um fator de risco importante, estimando-se que a chance de apresentar incontinência urinária após os 70 anos, seja de quatro a cinco vezes maior do que entre 20 a 40 anos.

Porém, apesar de estar associada ao fator idade, a incontinência urinária não é normal em nenhuma condição e tem tratamento.



No homem, a incontinência urinária ocorre com grande prevalência após a cirurgia de próstata, o que torna o esfíncter deficiente.


Os pequeninos também não estão isentos de IU. Normalmente o controle completo da bexiga ocorre até os 5 anos, porém muitas crianças apresentam perdas urinárias durante o sono, o que chamamos de enurese noturna. Isso pode ser extremamente cansativo para os pais pela mudança de rotina com constantes trocas de roupa de cama e banhos na madrugada, além de poder causar ansiedade, frustração e constrangimento para a criança.

Também são fatores de risco, o diabetes, a obesidade e a presença de doenças neurológicas. 

Existem tipos diferentes de IU, mas as principais são:

Incontinência urinária de Urgência: É aquele desejo súbito de urinar, muitas vezes não dando tempo de sequer chegar ao banheiro. Assim, há escape de urina e muitas vezes aumento da frequência urinária também. Não é incomum o isolamento social, ou por constrangimento ou por que a pessoa vira refém de ter banheiro próximo, sem contar o sono de má qualidade, interrompido pelo desejo de ir ao banheiro, e às vezes, constantes trocas de roupa de cama.

A incontinência urinária de Esforço é a perda de urina causada pelo aumento da pressão intra-abdominal, que força a abertura do esfíncter uretral (músculo que contém a urina). Ocorre em situações em que a pessoa agacha para pegar um objeto no chão, tosse, espirra, dá uma gargalhada, e situações variadas de esforço. No homem, especificamente com o aumento da próstata ou cirurgia da próstata, é muito comum um período de perda de urina e disfunção erétil após a retirada da sonda.


Como a fisioterapia te ajuda?


Primeiro, é preciso quebrar o tabu, falar sobre o assunto e procurar ajuda de profissionais qualificados como o médico ou fisioterapeuta especializado. Esse paciente deve ser acolhido e compreendido, pois as perdas impactam muito negativamente no seu dia a dia.

O objetivo da fisioterapia pélvica é devolver ou melhorar a continência urinária, e para isso é necessária uma avaliação minuciosa, colhendo a história clínica, queixas e incômodos do paciente, exame físico para entender as possíveis causas e quais serão os melhores recursos para que o paciente retorne às suas atividades diárias e volte à vida normal. A Sociedade Internacional de Continência recomenda a fisioterapia como tratamento de primeira linha, sendo o padrão ouro no tratamento da incontinência urinária por esforço, por ser um método não invasivo, de baixo custo e sem efeitos colaterais. O acompanhamento fisioterapêutico tem entregado excelentes resultados, e os parâmetros que impactam positivamente o sucesso deste tratamento são:

  1. Reduzir ou zerar o volume das perdas urinárias

  2. Reduzir ou zerar os episódios de perda urinária

  3. Trocar protetores maiores para menores

  4. Reduzir ou zerar o número de protetores diários

  5. Se sentir confiante para retornar as atividades físicas, sociais e sexuais, além de melhorar a qualidade do seu sono.


Utilizamos equipamentos como biofeedback, eletroestimulacão e outras ferramentas, dependendo de cada caso

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